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7 de Agosto de 2014

Na semana passada, 793 artigos de peri�dicos foram avaliados pelo Monitoramento Sistem�tico da Literatura da DynaMed e 181 sum�rios de artigos foram adicionados ao conte�do da DynaMed.

Baseado em um crit�rio de sele��o de "artigos com maior probabilidade de mudar a pr�tica cl�nica," um artigo foi selecionado pela Equipe Editorial da DynaMed.

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Em pacientes com dor abdominal inexplic�vel ap�s uma colecistectomia, realizar uma esfincterotomia n�o reduz a incapacidade devida � dor
Reference: JAMA 2014 May 28;311(20):2101 (evid�ncia de n�vel 1 [provavelmente confi�vel)

Estima-se que as colecistopatias resultem em mais de 1 milh�o de interna��es e mais de 700 mil cirurgias nos Estados Unidos a cada ano (J Gastrointest Surg 2012 Nov;16(11):2011). A an�lise conjunta dos dados de dois ensaios randomizados concluiu que mais de 25% dos pacientes submetidos a colecistectomia t�m dor persistente cinco anos ap�s a cirurgia (J Gastrointest Surg 2005 Jul-Aug;9(6):826), muitas vezes sem altera��es significativas nos exames de imagem ou testes laboratoriais padr�o. Os pacientes com dor persistente debilitante podem ser submetidos a uma colangiopancreatografia retr�grada endosc�pica (CPRE) para identificar uma outra patologia ou avaliar uma potencial disfun��o do esf�ncter de Oddi, e alguns destes pacientes podem tamb�m ser submetidos a esfincterotomia subsequente, embora este procedimento n�o tenha demonstrado ser ben�fico na aus�ncia de achados anormais laboratoriais ou de imagem. Um recente estudo randomizado comparou a esfincterotomia a uma interven��o simulada em 214 adultos (92% mulheres) com dor abdominal n�o explicada ap�s uma colecistectomia.

O estudo incluiu pacientes com dor abdominal inexplic�vel por> 3 meses ap�s a colecistectomia e nenhuma interven��o anterior no esf�ncter. Todos os pacientes realizaram a CPRE antes da randomiza��o. Os pacientes foram randomizados para esfincterotomia (141 pacientes) versus cirurgia fict�cia (73 pacientes) e acompanhados por 1 ano. Um total de 99 pacientes com a press�es elevadas do esf�ncter pancre�tico no grupo da esfincterotomia foram posteriormente randomizados para esfincterotomia biliar (single) versus esfincterotomia biliar e pancre�tica (dual). O sucesso do tratamento foi definido como <6 dias de incapacidade devida � dor, sem uso de opioides ou outra interven��o no esf�ncter por 3 meses.

A taxa de sucesso do tratamento em 1 ano foi de 23% com esfincterotomia versus. 37% com o tratamento simulado (p = 0,01). N�o houve diferen�as significativas entre os grupos quanto a necessidade de repeti��o da CPRE (37% vs 25%) ou taxa de pancreatites (11% vs 15%). Al�m disso, n�o houve diferen�as significativas no sucesso do tratamento na compara��o entre esfincterotomias �nica e dupla no subgrupo de pacientes com press�o do esf�ncter pancre�tico elevada.

O controle da dor inexplic�vel p�s-colecistectomia pode ser frustrante para o paciente e seu m�dico, e os dados que apoiam as op��es atuais de diagn�stico e abordagens de tratamento s�o limitados. Os resultados deste ensaio mostram que a esfincterotomia n�o reduz a incapacidade relacionada � dor em pacientes com dor abdominal inexplicada ap�s colecistectomia. Cerca de 12% do total dos doentes t�m pancreatite ap�s CPRE, consistentes com os dados anteriores que sugerem um risco aumentado tanto de pancreatite quanto de perfura��o com este procedimento (N Engl J Med 1996 Sep 26;335(13):909 full-text). Dados os riscos potenciais envolvidos com a esfincterotomia, n�o se justifica a sua utiliza��o nesta popula��o de pacientes para o tratamento da dor inexplic�vel.

Para mais informa��es, veja o t�pico Colecistectomia no Dynamed.