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edição # 06 - Março, 2012

Oie amigos!!!


A minha calopsita mansa, a Marly, foi para o céu dos pássaros. Calopsitas são como criança, pegam gripe muito fácil e a gripe derruba. Meu único consolo foi saber que passarinhos não são mesmo para ficarem de asa cortada, trancados atrás de grades. Então, foi melhor assim.  

 

Ainda meio triste com a gaiola vazia, lembrei com saudade dos meus animais de estimação.  

 

Nunca fui uma garota que gostasse de bichos fáceis. Gostar de cachorro é fácil. Gostar de um japonês (o peixe, claro), é moleza - ele todo flutuante e colorido desfilando lá na água. Difícil é gostar de papagaio brabo, ou de tartaruga.

 

Era justo desses bichos estranhos que eu mais gostava. Chorei muito quando a Lili, a empregada da vovó, limpou as cúpulas dos abajures. Destruiu a casa da minha aranha de estimação, e ela foi embora para sempre. Ela adorava as formiguinhas que eu jogava na teia, embrulhava todinhas (às vezes eu jogava várias ao mesmo tempo, só para ver ela tontinha de satisfação). 

 

Fiquei muito triste, também, quando perdi a Sasha, minha pinta de estimação. Disseram os mais céticos que ela virou frango assado para os operários da obra que estava acontecendo ao lado da minha casa. Mas eu prefiro pensar que foi um gavião. Fica uma coisa mais natural, sabe, de presa e predador, de evolução das espécies.

 

Tiveram outros também, os gatos Felix e Peludo, o Papagaio Brabo, os gupis coloridos, o cardume de neons, o Beto e a Beta (dois peixes-beta). Mas eles foram passando, feito soldados na batalha. Uns sumiram, outros morreram, outros partiram, ou apenas sobreviveram e voltaram para suas origens.  

 

As tartarugas pretas nem viraram bichos de estimação, eu só ajudei a que cruzassem a faixa de areia, na direção do mar, mas é como se elas tivessem me pertencido naquele breve momento e a "estimação" é o carinho: ele existe, não importa o tempo ou o espaço. 

 

Agora, tenho um gato e quatro ratos. Só o medo de cachorros que continua.  

 

Mas essa já é outra história... :)

 

 

Programas legais em Março
Organize sua agenda  

 

- além dos teatros com clássicos, há alguns imperdíveis em cartaz no Rio, como O menino que vendia palavras (livro de Ignácio de Loyola Brandão) na Gávea e Rabisco, um cachorro perfeito (texto de Michele Iacoca) no Teatro Nelson Rodrigues.

 

- as exposições também estão imperdíveis: imagens de Modigliani no MNBA, o percurso afetivo de Tarsila do Amaral no CCBB-Rio, e a Maravilhosa Cidade de Playmobil no Museu Militar Conde de Linhares, em São Cristóvão.

Trança de fios

 

- a Trança de Fios voltou à programação de 2012 do CCJF - Centro Cultural da Justiça Federal e se apresenta às 17hs nos dias 10, 11 e 18 de março. Quem organiza é a Plumagenz. O CCJF fica no Centro.

 

- a Biblioteca Pública de Botafogo ainda não atualizou o site da Estação Pensamento & Arte, mas algumas reuniões da Confraria Reinações do Rio (veja o blog da Reinações-Brasil) já estão rolando por lá.

 

- de abril a junho, Oficina de ilustração e design infantil, na Estação das Letras.  

 

 

Para ler, aprender e divertir

 

- Manoel Amaral, o criador do personagem Osvandir, que vê discos voadores, conta que já possui 9 livros com a saga. Uma bela introdução de adolescentes e jovens ao mundo sci-fi.

- uma bela safra de escritores infantis já produz livros bilíngues. Entre eles, Gloria Kirinus e Helô Bacichette. Para pimpolhos que já estão em escolas com o currículo português/espanhol, não tem nada melhor!

 

- o amigo e escritor Samuel Medina escreve no blog O Guardião, e traz em primeira mão as notícias da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Beagá.

 

- a  Encyclopædia Britannica, com a CAPES, lançou a Escola Online, portal de ensino online inteiramente em português para alunos do ensino fundamental de escolas públicas. Superbacana para crianças de 5 a 11 anos de idade e para suas mamães, que pesquisam trabalhos infantis na internet. O site inclui artigos enciclopédicos, dicionário, atlas mundial, atividades interativas, área de pesquisa e notícias. Também fornece ferramentas de estudo para ajudar os alunos com suas pesquisas e trabalhos de casa, o que ajuda bastante professoras e bibliotecárias que lidam com esse público infantil.

 

- quem gosta das publicações raspe-e-cheire? Eu adorava esfregar os pulsos em todas as revistas e livros, até precisar de um banho. Mas a proposta do livro produzido pelo NY Concierge traz os cheiros da cidade, sejam eles bons... ou ruins (eca!)

 

- sim, temos Amos Oz para crianças! O último encontro da Confraria Reinações no Rio escolheu o 'De repente, nas profundezas do bosque' do escritor israelense como tema de discussão.

 

- banir ou não certos livros das escolas? Tomar essa decisão sempre dá uma dor de cabeça danada. De um lado, pais que querem filtrar tudo o que há de bom para seus filhos - e ninguém vai duvidar disso, principalmente em tempos de internet 24×7 (24 horas, 7 dias da semana, disponível). Do outro lado, o direito das crianças de terem uma educação integral, que respeite seu estágio de desenvolvimento e lhe permita a liberdade de ler e o conhecimento do mundo, com tudo que há de bom e de ruim. Nos Estados Unidos, o assunto já virou uma verdadeira enxaqueca.

 

- o site Divertudo tem tudo mesmo! Até a entrevista com a escritora e poeta Rosane Villela (autora do Menina-Menina, princesa de lama) já está lá.

 

 

E mais...

 

- para quem tem gatinhas de 6 a 10 anos em casa, o app Simulador de Maquiagem da Avon é sensacional! Claro que dá para incluir algumas histórias, depois de tentarmos maquiagens de odaliscas, bruxas e princesas.

 

- para os meninos, não tenho muitas dicas hoje. Bem, eles já devem ter centenas de jogos de luta, futebol e corrida, né?

 

Fontes: caderno RioShow e mailing da autora


Menina-menina
Menina menina princesa de lama

 

 


- Menina-menina, princesa da lama - Villela, Rosane. Ilustrações Giselle Vargas. São Paulo: Paulinas, 2011 (Coleção Cavalo-Marinho Série Con-verso)

A Menina Princesa da Lama conta da sua vida na fazenda, entre um gramado cheio de rosas, um curral cheio de bois, e muitas lembranças da infância, quando corria para pegar tangerina que rolava do morro, subia na jaboticabeira e brincava na lama.

Essa vida de menina do interior se abre cheia de cheiros e sentidos, cheia de uma liberdade cada vez mais rara. A princesa de lama gostava dos animais e tinha liberdade para correr e sonhar com cavalos-marinhos, cometas e carneirinhos.

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Um beijo arrastado,
dando voltas,
manhoso feito passo de gato,

Pau
la

p.s.: e, para todas as meninas, PARABÉNS PELO DIA DE HOJE! E que continuemos firmes no propósito de defender meninas, moças, mulheres, de toda falta de amor.
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Visite a página da autora na REBRA:   http://www.rebra.org/escritora/escritora_ptbr.php?id=1618  
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