boletim Leiturinhas 

edição # 01 - Abril, 2011

Queridos amigos,


A inauguração de um espaço dedicado só para o segmento de livros infantis e juvenis é uma vontade minha bem antiga.

 

Coincide com a primeira vez, depois de muito e muito tempo, que voltei a ouvir histórias. Histórias que, apesar de infantis, nem sempre são só para crianças.

 

Coincide, também, com a responsabilidade tamanha de despertar em crianças  o amor por livros e boas histórias,  de intermediar esse amor, de apresentar à criança essas experiências sensoriais que podem ser adquiridas. Coincide com a expectativa de agradar, com a frustração de ver um filho torcer o nariz para 'aquele' livro que emocionou tanto, com a angústia de ver uma filha se interessar por um livro da 'Barbie etcetera'. Coincide com todo esse aprendizado que só a maturidade e o tempo é capaz de trazer.

 

Essas Leiturinhas têm a ver com a essencialidade de certas histórias para a nossa vida, com o resgate desse olhar desarmado e livre de pré-conceitos. E, também, porque não, também diz respeito com a coincidência deliciosa de ter amigos que misteriosamente inventam histórias - como até eu sei fazer de vez em quando, numa noite de brincadeiras - e de conhecer de perto a Lygia Bojunga, a Ana Maria Machado, o Luiz Raul do João Teimoso - meu primeiro e inseparável amigo 'menino' entre tantas bonecas.

 

As Leiturinhas não estão no diminutivo porque sejam pequenas ou superficiais. Longe disso: são imprescindíveis! O diminutivo existe pelo carinho com que as tratamos: as leiturinhas que fazíamos quando o mundo ainda era misterioso e divertido, surpreendente e arrebatador.

 

De verdade, nunca houve falta de vontade, ou preferências, ou desdém, mas ausência de oportunidade.

 

Mas a oportunidade foi aparecendo devagarinho. Primeiro foi trazendo o amigo Má¡rcio Vassallo, a Janaí­na Michalski, e depois a amiga Flávia Lins e Silva, a Sandra Ronca, o Danilo Marques, a Marília Pirillo (eles que desenham essas belas histórias inventadas), e a Adriana Lisboa, a Ana Cristina Melo, a Anna Claudia Ramos e daí por diante. A quantidade dos amigos é tanta, e seus trabalhos tão sérios e importantes, que eu passaria o post todo para citar todo mundo...

 

E a oportunidade escancarou de vez as portas. Entre conversas aqui e lá, com o Márcio, Janaína, e Ana Cristina, faltava apenas que eu me conscientizasse que, quando não dá para fazer tudo, a gente pede ajuda. Eu pedi, e a ajuda chegou.

 

A princípio, estão envolvidos no projeto eu, a Janaína Michalski (que ficou de mandar textos ou de liberar textos que eu pescasse no blog dela), o designer e fotógrafo Mario Tadeu, e a Fernanda Freitas, produtora editorial, que chegaram para somar com o site e com tudo o mais. Também a princípio, vou misturar todo o conteúdo e as diversas autorias, sob a aba Leiturinhas e no boletim Leiturinhas, mas sem colocar os posts na página inicial, para não confundir ninguém, já que a segmentação sempre facilita para se encontrar o que quer, e mais rápido.

 

Aos poucos, devagarinho, as seções irão surgindo por si sós e a gente vê como cresce e amadurece.

 

Ah, para quem quiser entrar na lista de envio do Leiturinhas, é só retornar esse email - eu vou montar uma lista dedicada. 

 

Mas agora, nesse exato momento, a gente deixa de papo furado.


É Hora de brincar!


Livros essenciais

- a Editora 1 estreia no mercado editorial com o 'ABC dos Animais', livro concebido para alfabetizar crianças, inclusive as deficientes auditivas. O foco da autora, empresária Renata Aragão Artiaga (pernambucana, radicada no Rio e sócia-fundadora da Editora1), é para o relacionamento social e com o meio ambiente, e faz parte de um projeto maior, a Coleção Animais e Sonhos da Editora 1, que já deixou na agulha da prensa outros lançamentos prontos.

 

É um livro paradidático, direcionado para as crianças de 4 a 8 anos, traz vídeos e materiais de apoio, é todo bem cuidado e feito sob orientação do MEC (PNBE) para alfabetizar, por intermédio de ritmo e frases, as crianças, inclusive as crianças surdas de escolas convencionais e especiais. A propósito, a Editora 1 apóia a inserção das crianças-deficientes auditivas em escolas convencionais. Um parêntesis: já conheci mães de crianças com deficiência de surdez, e apesar dos novos e revolucionários aparelhos, elas ainda passam um sufoco na hora de iniciar os pimpolhos na leitura. Bem... para saber mais, só conferindo de perto! O lançamento na Livraria da Travessa (já rolou no RJ no domingo, 27.03.2011) teve programação infantil, incluindo oficina de origami com a pedagoga Rosana Oliveira, e corre São Paulo e Brasília, ainda no primeiro semestre.

 

 

- 'O Rei Oiac' (Eldorado, 2009) foi um livro bacana que os jornalistas Ivan Accioly e Raquel Belém (IAA Comunicação) mandaram para minha apreciação e possível post no site, na época do relançamento do livro. Como ainda não tinha um espaço dedicado, eu fiquei enrolando, enrolando, e até devo muitas desculpas a eles. E agradecimentos também! O livro é mesmo uma pérola, um guia para olhar melhor as estrelas do céu. Como os próprios editores reconhecem, é uma história fascinante 'num mundo onde o tempo ficou escasso e nós adultos estamos sempre (pre)ocupados resolvendo questões seriíssimas e inadiáveis, esquecemos frequentemente de nos encontrar com nosso lado que brinca, canta, ri, dança, chora alegre; onde vergonha vira gargalhada, o fracasso não tem vez e o medo se perde na poeira'. As autoras Maria Luiza Magalhães (psicóloga) e Helô Magalhães (stylist de moda), com as ilustras da Patrícia Castro, acertaram mesmo com o livro, que mostra como Caio, um menino de verdade, aliás, o neto do Gonzaguinha, vira o Rei Oiac e, entre nuvens comestíveis e bungee jumpings nas estrelas cadentes, aprende a dominar a guerra entre os seus três 'eus'. Ah, mais que isso eu não conto... :-)

 

 

- Em 'Caixa de desejos', a escritora Ana Cristina Melo (também engajadíssima na literatura adulta e nas questões de leitura e cultura escrita no Brasil, editora do site e jornal Sobrecapa) chama a Marília, de 11 anos, que é estigmatizada por ser nerd e se encontra quando escreve os primeiros poemas. Sua maior amiga é a avó Laurinda, que lhe deixa, antes de morrer, um presente valioso: uma caixa para ela guardar os seus desejos. Com essa história emocionante, Marília vai amadurecendo aos poucos, quase sem sentir, e se tornando uma mulher de verdade. O livro não tem idade. Todo mundo, que tenha sido um dia criança de verdade, vai dar às mãos à Marília e acompanhá-la nessa jornada em busca de respostas. Você ainda tem sonhos? E o que faz para torná-los realidade? Essas são duas grandes perguntas que ficam depois da leitura de Caixa de Desejos, livro de estreia de Ana Cristina Melo.





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Um beijo
no tapete da sala
para contar outras histórias,
Paula


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