- quinta-feira, 27, Rui de Oliveira lança "A formosa Princesa Magalona e o amor vencedor do cavaleiro Pierre de Provença", pela Ygarapé Editorial, com direito a evento na Literárea. Tiça Magalhães exibe o "Prato do dia para as crianças", às 19h, na Argumento Leblon. No mesmo dia, Regina Vieira lança "O banquete dos anjos", com apresentações de poetas em sarau na livraria do Museu da República, a partir das 20h.

Eventos e cursos

- Jorge Roberto Martins, o organizador do programa Sala de música na rádio MEC-FM, envia o convite para o evento de MPB na ABL "Ai, que saudades de Ataulfo", na quarta-feira, dia 26, às 12h30, hora do almoço. A entrada é franca, na sede da Academia.

- o Crânio chama para a exposição "quebra-cabeça", cuja abertura aconteceu neste último sábado e repetirá no final de semana que vem, com direito a palestra "Coletivos brasileiros na arte contemporânea", de Daniel Toledo, dia 29 de agosto, às 19h. (...)

- Rui de Oliveira, o super ilustrador, dá palestra, faz exposição de seus originais e autografa seu novo livro (acima citado) na Literárea, a livraria da Estação das Letras. O evento dá direito à exibição de um pequeno filme de animação da obra e à leitura dramatizada com José Mauro Brant. A expo começa às 17h30 do dia 27, quinta-feira.

- aliás, como agosto está terminando, a Estação das Letras já oferece seus cursos de setembro. A partir do dia 3, a Estação recebe Lívia Garcia-Roza para oficina sobre "Alguns aspectos do conto", às quintas, de 19h30/21h30, e Alcmeno Bastos ministra o curso "Breve história do romance ocidental: o romance no mundo e o mundo do romance", sempre às sextas, de 17h/19h. 

- a Sala de Leituras, em parceria com o Instituto Cultural Germânico, sob a coordenação de Cyana Leahy, apresenta sua programação para o segundo semestre de 2009. O espaço fica na Av. 7 de Setembro, 131 - Icaraí, tel.: 9354-2494.

Últimas

- Faleceu o poeta Aníbal Beça no dia 25 de agosto de 2009, como noticia a revista Germina literatura.

- Vídeos encantadores da floresta amazônica no Projeto Pele verde.

- o amigo e contista Mauro Siqueira emplacou um conto na revista Ficções - o belo conto se chama 'Lullaby', e está no clima da música de mesmo título do The Cure, disponível no Blip.fm para quem quiser ouvir.

- Marcelo Moraes Caetano divulga sua "Gramática Reflexiva da Língua Portuguesa", uma obra de fôlego, com mais de 700 páginas. Indispensável em qualquer biblioteca.

- para quem está ligado na economia, o mais recente artigo de Márcio Sette Fortes prevê "O destino do dólar", publicado na revista do sindicato do BACEN.

- a editora IbisLibris informa o cancelamento do patrocínio da Primavera dos Livros (...)

- bandeira verde para o projeto "Enter: Antologia Digital" (...)

- a IbisLibris anuncia o lançamento, em breve, de "O Unicórnio e outros poemas" (...)

- Katia Pino anuncia o lançamento de seu livro "Sou mulher" na XIV Bienal do Rio, dia 15 de setembro, a partir das 14h. (...)

- a REBRA está com tudo pronto para o I Congresso de escritoras brasileiras em Nova York, que acontece juntamente com o I Concurso literário de poesia e prosa. A programação está imperdível, nos dias 14 a 16 de outubro, na sede da Brazilian Endowment for the Arts.

 

- Claudio Sesín nos acena com poesia, do lado de lá dos Andes. Seu blog, Los Navegantes de la Cruz del Sur, contém as leituras poéticas feitas em rádio local. 

 

 

Fontes: Caderno Prosa&Verso, jornal O Globo, Suplemento Ideias&Livros, Jornal do Brasil e mailing pessoal da autora.

O tempo não tardava e a menina foi crescendo aconchegada naquela casa de avós, de sofá gigante e mesa baixa, até que chegou um tempo em que a menina ficou tão grande, tão crescida, que aquela casa ficou pequena para os desejos dela.

Ela não cabia mais na casa, e então se debruçava nas janelas de trinco, que se abriam para aquele infinito lá de fora, todo colorido e novo, e suspirava desejando conhecer o mundo.

Até o dia em que a menina crescida fez uma mochila com as suas coisas e quis conhecer o mundo. Foi até o avô e disse tudo aquilo que estava trancado no peito dela há bastante tempo e ele deu aquele seu sorriso de paz de avô:

- Toma cuidado com as portas que você abrir, toma cuidado com as portas que você fechar e, acima de tudo, lembre-se de guardar num lugar só todas as chaves, para não se perder.

A menina foi até a avó e pediu a bênção para partir. A bênção para encontrar a sua vida no meio do infinito do mundo de fora.

A avó pediu um instante. A menina já estava bem crescida mesmo. Então foi lá nos fundos da casa e voltou com uma escadinha pequena. Colocou a escadinha pequena na frente da porta da entrada e subiu naqueles três degraus, se esticando toda para apanhar a chave de ferro.

- Leva isso.
- Mas é pesado, avó, e não serve para tanta coisa, não é?
- É pesado, sim, mas vai deixar você mais leve que o ar. Pode ser que chegue um dia em que você vá precisar dessa chave, mais do que de qualquer outra, minha querida.

E a avó desatou em dois o fio de lã vermelha com ponteira de cortina, deu uma chave na mão da menina e pendurou novamente a chave que sobrou.

- Não se esqueça de rezar para o seu anjo.

E a beijou na testa, estalando um 'boa viagem, querida'.

 

- Divã - o filme. Brasil: 2009

'Cabeça vazia, oficina do diabo' - sabedoria popular.

Eu simplesmente desconheço mulher que queira ficar sozinha, encalhada, de balada em balada, de garotão em garotão, abandonando um bom marido e desmontando seu próprio ninho (algumas até fazem isso, sim, mas é por pura distração...).

Aí já começa a total inadequação de Divã - o filme.

Até gosto dos textos da Martha Medeiros na revista Domingo. Mas o longa, sinceramente, peca pela previsibilidade, além de ser feminista em seu aspecto mais obscuro, suscitando perguntas irrespondíveis, desafiando a razão.

Felizmente, há o que se salve na película. Então, primeiro, as boas notícias: a boa qualidade da imagem, a direção precisa de José Alvarenga Jr., o Marcelo Saback que fez milagres adaptando o livro para o roteiro, o trabalho competente de Lília Cabral, Alexandra Richter e José Mayer, as figuras sempre bem-vindas de Reynaldo Giannechini e Cauã Reymond, são suficientes para despertar o interesse de assistir à história e não abandoná-la até o final.
(a partir desse ponto, o texto pode ser um spoiler)

(...)

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