Depois de v�rios dias em Londres trabalhando com os "homeless" (pessoas sem casa) pude observar que em todas as nossas reuni�es, sempre quando eu chegava eles se levantavam para falar comigo. Algumas vezes se formava uma pequena fila. Eles eram seres humanos, carentes de seres da mesma esp�cie. N�s com�amos junto com eles e aproveit�vamos todos os momentos para falar sobre o infinito amor de Deus. "Comer com" � diferente de "Dar comida para". N�s, seres humanos, precisamos de momentos simples que tamb�m s�o muito significativos para os outros pertencentes a esp�cie humana. Jesus "comia com" e tive esta experi�ncia.
Sentar para comer com um desconhecido?
� coisa rara nos nossos dias. Principalmente quando o cheiro � muito diferente. Mas esse ato me ensinou muito. Lembro que um dia enquanto comia com eles me emocionei e chorei por perceber o infinito amor de Deus por n�s: seres humanos. �ramos iguais: est�vamos debaixo do mesmo teto, no mesmo n�vel, sentados na mesma mesa, comendo a mesma comida, nosso cheiro se misturava... Foi um momento inesquec�vel. Observei que estive me ocupando mais com coisas e menos com a simplicidade das pessoas. Olhava para o exterior e menos para o interior. Afinal, Jesus Cristo morreu pelas pessoas! Na simplicidade � poss�vel ver o amor do Pai.
Um homem foi em dire��o de uma pessoa que distribuia artigos de higiene, abriu os bra�os, imediatamente a pessoa colocou a m�o na sacola e tirou um pulverizador e lan�ou perfume nele. Outro tamb�m se levantou, abriu os bra�os e foi pulverizado. Vendo aquela cena, entendi que eles queriam apenas um abra�o.
Por diversas vezes eu pulverizei pessoas. Pensei que o fato de dar alguma solu��o r�pida, poderia estar ajudando. Na verdade, eu n�o mantinha um contato significativo com a pessoa e pensava que estava fazendo um bem para ela. Eu estava enganado. As pessoas precisam de contato. O contato manifesta nossa humanidade e nos coloca no mesmo n�vel, sem m�scaras.
Precisamos exercer nossa humanidade para manifestar nossa espiritualidade. Um Abra�o!